Infância, Adolescência e Juventude

Lev Tolstoi

1852 Relógio D'água Editores

Sinopse

Infância, Adolescência e Juventude situa-se entre a autobiografia e a ficção.
São três narrativas que parecem destinadas a reviver e dar permanência a um mundo que, aos vinte e três anos, Tolstói deixava para trás, iniciando no Cáucaso as experiências que iria relatar em Cossacos.
Como o autor de Anna Karénina revelaria mais tarde, a trilogia inspirou-se nas relações de Tolstói e da sua família com a de Alexander Isleniev, que vivia nas proximidades de Iasnaia Poliana.
Em Infância, Nikolai é o retrato que o autor quis dar de si mesmo, apenas o pai e a mãe do protagonista sendo figuras compósitas (a mãe de Tolstói morreu quando ele tinha apenas dezoito meses).
Infância foi escrito em Tiflis, no Cáucaso, quando Tolstói aí preparava exames para o curso de oficial. A obra, publicada em 1852, teve grande repercussão. Dostoievski, no seu exílio siberiano, comoveu-se com o livro e exprimiu o desejo, nunca realizado, de se encontrar com o autor. O czar, impressionado, ordenou que o jovem oficial que arriscara a vida nos combates em defesa de Sebastopol fosse retirado para zona menos perigosa.
Tolstói vai escrever, já em São Petersburgo, Adolescência e, dois anos depois, em 1856, Juventude.
Em seguida, retira-se da vida militar e passa a viver na herdade familiar de Iasnaia Poliana, onde se casará com a neta de Alexander Isleniev, Sofia, dez anos depois da publicação de Infância.

Comentários

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Hermenegilda Campos , 30/06/2021 15:01

"Somos ou DEVEMOS aspirar a representar a mais BELO LIVRO de LITERATURA quanto nos adverte a Metáfora Hebraica da Gênese". Campos, Hermenegilda Partindo do pressuposto que a "MURADA do CORPO é um atolado de existências que carregamos e interferem indelevelmente". Campos, Hermenegilda. E, independentemente de Tolstoi quase não ter partilhado uma vivência que se digne parental, a verdade é, os VÍNCULOS e, no caso concreto de estarmos diante de alguém aristocrática, NOBRE, os valores inerentes aliado a toda uma linguagem intrínseca que as gerações precedentes relevam, proporcionam SUPORTE e, entendimento cabal para quem dedicou uma OBRA à infância. A INFANCIA, o maior tesouro. E, muito resumidamente, o modo de a encarar não se distingue em se dispor ou não de recursos.O AMOR e, como se acolhe.Respeitando a sua integridade. E, se realmente existir entendimento em encarar todo ser como "parte do mundo e para o mundo, quer dizer, o seu mais excelso Porto de Abrigo", seguramente se entende no quanto as crianças devem explorar ao máximo toda a BELEZA e MAGIA quanto a natureza tem para partilhar com todos os que lhe pertencem intrinsecamente. E, foi assim que ao longo dos mais recuados tempos, EXISTIU sempre quem a vivesse por mais "sombra" da vida adulta. Desde que EXISTA quem respeite a integridade de um SER, a amplitude desse SER se projectar para além do espaço circunscrito é a mente. A criatividade e, atravésdela que VIAJÁMOS, somos capazes inclusive de explorar domínios que mesmo os que VIAJAM fisicamente lhes escapa aspectos de entendimento e compreensão.O que nossepara...??? Somente noque de autoridade institucional, dando particular ênfase à espiritual releva como crucial, uma intervenção mais omissa,dissimulada. Todavia,desde que permita uma MARGEM que proporcione gerir o que de mais invisível converge do mais profundo recôndito de cada existência, eis,como cada um individualiza não apenas o que é mais premente, mas defende, reforça e transfere. E, tal comooutrora, existiu quem não relevasse a descendência, que no fundo é a ETERNIDADE, não admira que presentemente com subtrações, ABUSOS,destituições. E, por mais recursos e oportunidades, se permaneça num enredadonível de engodo, quanto uns acabam sempre por ser capazes de se servir, paragozar de AUTORIDADE versus perpetuação. HMC Braga, 30 de Junho de 2021