loading gif
Loading...

Poema e Poesia de Antero de Quental

Bandeirante a sonhar com pedrarias 
Com tesouros e minas fabulosas, 
Do amor entrei, por ínvias e sombrias 
Estradas, as florestas tenebrosas. 

Tive sonhos de louco, à Fernão Dias... 
Vi tesouros sem conta: entre as umbrosas 
Selvas, o outro encontrei, e o ônix, e as frias 
Turquesas, e esmeraldas luminosas... 

E por eles passei. Vivi sete anos 
Na floresta sem fim. Senti ressábios 
De amarguras, de dor, de desenganos. 

Mas voltei, afinal, vencendo escolhos, 
Com o rubi palpitante dos seus lábios 
E os dois grandes topázios dos seus olhos! 

Antero de Quental, in 'Sonetos'

Voltar

Faça o login na sua conta do Portal