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Victor Hugo


1802 - 1885

Biografia

Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 - Paris, 22 de maio de 1885) foi um poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e activista pelos direitos humanos francês de grande actuação política no seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras.

Como muitos escritores de sua geração, Victor Hugo foi profundamente influenciado por François-René de Chateaubriand, famosa figura da escola romântica e figura proeminente da literatura francesa do começo do século XIX. Quando jovem, Hugo afirmou que seria &ldquoChateaubriand ou nada&rdquo, e a sua vida teria muitas semelhanças com a do seu predecessor. Como Chateaubriand, Hugo daria força ao Romantismo, envolver-se-ia com política como defensor da causa republicana e seria forçado ao exílio devido à suas opções políticas. A eloquência e a paixão precoce das primeiras obras de Victor Hugo trouxeram-lhe sucesso e fama quando ainda jovem. Sua primeira coletânea de poesia (Odes et Poésies Diverses) foi publicada em 1822, quando Hugo tinha apenas vinte anos de idade, e lhe rendeu uma pensão real de Luís XVIII. Embora os poemas fossem admirados por seu ardor e sua fluência espontâneos, foi sua próxima coletânea (Odes et Ballades), publicada em 1826, que revelaram Hugo como grande poeta. 

A primeira obra madura de ficção do autor francês apareceu em 1829, e refletia a aguda consciência social que permearia sua obra posterior. Le Dernier jour d'un condamné (O último dia de um condenado) teria profunda influência sobre autores posteriores como Albert Camus, Charles Dickens e Fiódor Dostoiévski. Claude Gueux (1834), uma estória documental sobre a execução de um assassino francês, foi considerada mais tarde pelo próprio autor como precursora da sua maior obra sobre a injustiça social (Os Miseráveis). O seu primeiro romance a ser enormemente reconhecido foi ''O Corcunda de Notre-Dame'', publicado em 1831 e logo traduzido para diversos idiomas através da Europa. Um dos efeitos dessa obra foi levar a cidade de Paris a restaurar a bastante negligenciada Catedral de Notre-Dame, a qual estava atraindo milhares de turistas que tinham lido a novela. O livro também renovou o apreço por construções pré-renascentistas, as quais passaram a ser mais cuidadosamente preservadas.
Victor Hugo começou a planear um grande romance sobre miséria e injustice social no começo da década de 30, mas a obra só seria publicada em 1862. O escritor estava consciente da qualidade do livro. A editora belga Lacroix and Verboeckhoven realizou uma campanha de publicidade incomum para a época, emitindo notas à imprensa sobre o trabalho até seis meses antes do lançamento. Ademais, publicou inicialmente apenas a primeira parte da novela (Fantine), lançada simultaneamente em grandes cidades. Estoques inteiros do livro foram vendidos em dias, e a obra teve grande impacto sobre a sociedade francesa. A crítica francesa foi, em regral, hostil ao romance. Barbey d&rsquoAurevikky reclamou da vulgaridade da obra Flaubert achou que o livro não era &ldquonem verdadeiro nem genial&rdquo Baudelaire &ndash apesar de críticas positivas em jornais &ndash chamou a obra de &ldquosem graça e inepta&rdquo. Os Miseráveis, no entanto, mostraram-se populares junto às massas, e logo os temas abordados estavam em destaque na Assembleia Nacional da França. Hoje a novella permanece como sua obra mais popular, tendo sido adaptada para o cinema, a televisão, o teatro e para musicais.

Victor Hugo afastou-se dos temas políticos e sociais no seu romance seguinte, Les Travailleurs de la Mer (Os Trabalhadores do Mar), publicado em 1866. Ainda assim, o livro foi bem recebido, talvez devido ao sucesso prévio de Os Miseráveis. Dedicado à ilha de Guernsey, localizada no Canal da Mancha e na qual o escritor passou 15 anos de exílio. A descrição de Hugo da batalha do homem contra o mar e as criaturas que nele habitam tornou conhecido um prato incomum em Paris: Lulas. A palavra utilizada em Guernsey para se referir ao animal (pieuvre) foi incorporada ao léxico francês. Em sua próxima obra, Hugo retornou aos temas políticos sociais. L'Homme Qui Rit (O homem que ri) foi publicado em 1869 e fazia um retrato crítico da aristocracia. Contudo, o livro não foi bem recebida como seus trabalhos anteriores, e o próprio escritor passou a comentar sobre a crescente distância entre sua obra e a de seus contemporâneos, como Flaubert e Émile Zola, cujas novelas realistas e naturalistas ganhavam popularidade. Seu último romance, Quatre-vingt-treize (Noventa e três), publicado em 1874, abordava um tema até então evitado por Victor Hugo: o reinado do terror, durante a Revolução Francesa. Embora a popularidade do escritor francês estivesse em declínio quando de sua publicação, muitos consideram hoje Quatre-vingt-treize uma obra à altura das mais famosas de Victor Hugo.



Livros escritos por Victor Hugo





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